Australianos Matt Wilkinson e Tyler Wright vencem na Gold Coast

O novo campeão do Quiksilver Pro Gold Coast barrou os brasileiros Adriano de Souza e Filipe Toledo no seu caminho até a final com Kolohe Andino e Tyler Wright bateu a campeã e a vice-campeã mundial no Roxy Pro

Os australianos fizeram a festa em casa, com Matt Wilkinson e Tyler Wright vencendo a etapa de abertura do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour 2016 e largando na frente na corrida pelos títulos mundiais da temporada. Wilkinson parou os brasileiros na quarta-feira de muita chuva em Snapper Rocks, primeiro o campeão mundial Adriano de Souza e depois o defensor do título do Quiksilver Pro Gold Coast, Filipe Toledo, antes de derrotar o norte-americano Kolohe Andino na disputa pela lycra amarela de número 1 do Jeep Leaderboard. No Roxy Pro, Tyler Wright também barrou a campeã mundial Carissa Moore e depois conquistou o título na decisão contra a norte-americana Courtney Conlogue. Agora todos partem para o segundo desafio do ano, o Rip Curl Pro Bells Beach, que começa no dia 24 em Victoria, sul da Austrália.

O campeão Matt Wilkinson começou muito bem a bateria final com suas manobras explosivas de backside nas direitas de Snapper Rocks, botando pressão no americano com a nota 8,60 recebida dos juízes. Kolohe Andino também surfou bem e chegou a liderar a bateria com notas 6,83 e 5,83. Só que o australiano parecia abençoado na quarta-feira e com paciência aguardava para liquidar a fatura no final da bateria, como já havia feito contra Filipe Toledo na semifinal e Adriano de Souza nas quartas de final. A onda veio para ele mais uma vez e a nota 5,60 garantiu sua primeira vitória na divisão de elite da World Surf League. Por 14,20 a 13,66 pontos, Wilkinson faturou 100.000 dólares e marcou 10.000 pontos no primeiro ranking da temporada 2016.

“Eu comecei o ano com uma vitória no Qualifying Series (QS 6000 de Newcastle) e agora ganhar este evento é um sentimento incrível. Eu não esperava isso, mas eu estava esperando por isso”, disse Matt Wilkinson. “A minha bateria com o Adriano (de Souza) foi o tipo de bateria que eu costumo perder. Eu só consegui vencer no final e aquilo me deu uma energia, pois senti que o oceano estava a meu favor. Eu surfei bem o evento todo, com pressão, mas ainda não tinha conseguido uma grande onda em Snapper, como aquela primeira da final que teve duas seções muito boas no início para fazer grandes manobras. Estou muito feliz pela vitória”.

O australiano também falou que sua meta é ficar entre os top-5 ou top-10 do ranking em 2016, pois nos últimos anos vinha apenas brigando para terminar entre os 22 primeiros que são mantidos na elite na temporada seguinte. “Eu sinto que o meu surfe amadureceu muito e espero que possa fazer um monte de baterias boas esse ano e até ganhar o título mundial depois dessa vitória aqui”, disse Matt Wilkinson, o novo número 1 do ranking da World Surf League, que impediu o Brasil de tentar um inédito tricampeonato na Gold Coast.

DERROTAS BRASILEIRAS – As duas vitórias foram conquistadas em finais contra os australianos. Em 2014, Gabriel Medina bateu Joel Parkinson e no ano passado Filipe Toledo derrotou Julian Wilson. Filipe era o grande favorito para vencer novamente. Ninguém estava atacando as ondas de Snapper Rocks com uma variedade tão grande de manobras modernas e inovadoras, tanto as de borda como as aéreas. Filipe começou a quarta-feira despachando o próprio Joel Parkinson e começou bem a semifinal contra Matt Wilkinson. Porém, na segunda onda arriscou o aéreo reverse e acabou machucando a perna esquerda na aterrisagem. Mesmo contundido, surfou outra boa onda para liderar a bateria até os minutos finais, quando o australiano novamente achou uma direita abrindo uma longa parede para fazer várias manobras e virar o placar para 14,43 a 13,27 pontos.

“Eu fui para o aéreo na última manobra da onda e, quando eu estava aterrissando, a onda veio com tudo na minha prancha e colocou pressão na minha perna, que foi pra cima e para os lados”, contou Filipe Toledo. “Apesar das dores, eu me mantive na bateria tentando me classificar. Agora estou melhor, mas lá dentro eu estava sentindo muitas dores. Mesmo assim, estou feliz com o meu resultado. Eu estava surfando bem, as pranchas estavam boas, então agora é se recuperar e ir para a próxima com tudo de novo”.

Foi a segunda virada na última onda do australiano sobre um brasileiro na quarta-feira. Nas quartas de final, ele já havia eliminado o campeão mundial Adriano de Souza assim. Não entraram muitas ondas boas nessa bateria, mas Wilkinson surfou a melhor primeiro para largar na frente com nota 6,83. Mineirinho tenta aproveitar ao máximo as que pega e só consegue 4,90 na primeira e 5,83 na segunda. Mas, assume a ponta quando acha uma onda com mais parede para mandar batidas, rasgadas, laybacks, ganhando nota 6,90 dos juízes. Quando a vitória parecia consumada, nos últimos segundos surge uma onda para o australiano detonar manobras explosivas jogando muita água para tirar nota 6,33 e vencer por 13,16 a 12,73 pontos.

“Ele (Matt Wilkinson) surfou bem, com um ritmo forte, achou a onda da virada ali no final, enfim, foi uma bateria difícil”, disse Adriano de Souza. “Ele obteve a pontuação que precisava naquela direita, mas eu vou continuar lutando, como sempre. É mais um resultado que eu vou embora pensando que poderia ter sido melhor, mas sigo confiante e vou definitivamente em busca de outro bom resultado lá em Bells (onde foi vice-campeão na final com Mick Fanning que terminou empatada no ano passado)”.

FINAL FEMININA – Assim como Adriano de Souza, a havaiana Carissa Moore também terá que entregar a sua lycra amarela de número 1 do Jeep Leaderboard para quem a derrotou em Snapper Rocks. A campeã mundial ainda defendia o título do Roxy Pro Gold Coast e perdeu para Tyler Wright, com a australiana vingando a derrota sofrida para Carissa também nas semifinais do ano passado. A decisão do título com a vice-campeã mundial Courtney Conlogue foi eletrizante, com a liderança da bateria mudando praticamente a cada onda surfada. O equilíbrio refletiu no placar encerrado por uma pequena vantagem de 14,20 a 13,66 pontos.

“Nos últimos meses aconteceu de tudo, foi uma experiência muito louca, mas trouxe muita clareza pra mim, para que eu pudesse vir aqui fazer o meu melhor. Eu quero ganhar um título mundial, mas quero fazer isso do meu jeito”, disse Tyler Wright. “Eu quero ser a melhor, como a Steph (Stephanie Gilmore), a Carissa (Moore), a Courtney (Conlogue) e todas as meninas do Tour, todas elas são as melhores do mundo. Eu sei que eu já poderia ter ganhado o título e agora é acreditar nisso, arregaçar as mangas e dizer: sim, você pode. Eu quero agradecer ao Glenn Hall que está ao meu lado, me ajudando, assim como a minha família, a Rip Curl e todos que torceram por mim. Foi absolutamente incrível, muito obrigado”.

Mais informações, fotos, vídeos, do Quiksilver Pro Gold Coast e do Roxy Pro podem ser acessadas no www.worldsurfleague.com que transmitiu as duas competições ao vivo da Austrália.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A missão da Liga Mundial de Surf é simples: inspirar uma mudança positiva para o surf, nossos fãs, e para o meio ambiente. Anteriormente denominada Association of Surfing Professionals, a WSL tem promovido os principais campeonatos de surf desde 1976, decidindo os campeões mundiais no Samsung Galaxy WSL Championship Tour masculino e feminino, o Big Wave Tour, o Qualifying Series, o Junior, o Longboard e produzindo eventos como o WSL Big Wave Awards. A WSL possui um profundo apreço pelo passado do esporte, promovendo ao mesmo tempo o desenvolvimento, inovação e desempenho no mais alto nível. Nós colocamos os melhores surfistas do mundo nas melhores ondas do mundo.

Exibindo o melhor do surf em sua plataforma digital através da www.worldsurfleague.com, a WSL tem energizado sua legião de fãs apaixonados com milhões de novos fãs em todo o mundo, todos sintonizados para acompanhar as grandes estrelas do surf mundial, como Kelly Slater, Filipe Toledo, Gabriel Medina, Makua Rothman, Grant “Twiggy” Baker, Greg Long, Stephanie Gilmore, John John Florence, Carissa Moore, entre outros, competindo no ambiente mais dinâmico e imprevisível de todos os esportes.

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João Carvalho – WSL South America Media Manager
(48) 9988-2986 – jcarvalho@worldsurfleague.com
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FINAL DO QUIKSILVER PRO GOLD COAST:
Campeão: Matt Wilkinson (AUS) por 14,20 pontos (notas 8,60+5,60) – US$ 100.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Kolohe Andino (EUA) com 13,66 pontos (6,83+6,83) – US$ 50.000 e 8.000 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 6.500 pontos e US$ 25.000 de prêmio:
1.a: Matt Wilkinson (AUS) 14.43 x 13.27 Filipe Toledo (BRA)
2.a: Kolohe Andino (EUA) 14.23 x 14.20 Stu Kennedy (AUS)

QUARTAS DE FINAL – Derrota=5.o lugar com 5.200 pontos e US$ 16.500 de prêmio:
1.a: Filipe Toledo (BRA) 12.34 x 12.16 Joel Parkinson (AUS)
2.a: Matt Wilkinson (AUS) 13.16 x 12.73 Adriano de Souza (BRA)
3.a: Kolohe Andino (EUA) 16.00 x 4.63 Adrian Buchan (AUS)
4.a: Stu Kennedy (AUS) 15.23 x 14.00 John John Florence (HAV)

FINAL DO ROXY PRO GOLD COAST:
Campeã: Tyler Wright (AUS) por 14,67 pontos (notas 8,17+6,50) – US$ 60.000 e 10.000 pontos
Vice-campeã: Courtney Conlogue (EUA) com 10,94 (5,77+5,17) – US$ 30.000 e 8.000 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 6.500 pontos e US$ 18.250 de prêmio:
1.a: Tyler Wright (AUS) 14.17 x 14.00 Carissa Moore (HAV)
2.a: Courtney Conlogue (EUA) 15.27 x 10.50 Johanne Defay (FRA)

TOP-22 DO JEEP LEADERBOARD DA WORLD SURF LEAGUE – 1.a etapa:
1.o: Matt Wilkinson (AUS) – 10.000 pontos
2.o: Kolohe Andino (EUA) – 8.000
3.o: Filipe Toledo (BRA) – 6.500
3.o: Stu Kennedy (AUS) – 6.500
5.o: Adriano de Souza (BRA) – 5.200
5.o: Joel Parkinson (AUS) – 5.200
5.o: John John Florence (HAV) – 5.200
5.o: Adrian Buchan (AUS) – 5.200
9.o: Sebastian Zietz (HAV) – 4.000
9.o: Caio Ibelli (BRA) – 4.000
9.o: Kanoa Igarashi (EUA) – 4.000
9.o: Conner Coffin (EUA) – 4.000
13: Mick Fanning (AUS) – 1.750
13: Gabriel Medina (BRA) – 1.750
13: Italo Ferreira (BRA) – 1.750
13: Jeremy Flores (FRA) – 1.750
13: Nat Young (EUA) – 1.750
13: Josh Kerr (AUS) – 1.750
13: Wiggolly Dantas (BRA) – 1.750
13: Taj Burrow (AUS) – 1.750
13: Jadson André (BRA) – 1.750
13: Michel Bourez (TAH) – 1.750
——–outros brasileiros:
25: Miguel Pupo (BRA) – 500 pontos
25: Alejo Muniz (BRA) – 500
25: Alex Ribeiro (BRA) – 500

TOP-10 DO JEEP LEADERBOARD FEMININO – 1.a etapa:
1.a: Tyler Wright (AUS) – 10.000 pontos
2.a: Courtney Conlogue (EUA) – 8.000
3.a: Carissa Moore (HAV) – 6.500
3.a: Johanne Defay (FRA) – 6.500
5.a: Stephanie Gilmore (AUS) – 5.200
5.a: Tatiana Weston-Webb (HAV) – 5.200
5.a: Malia Manuel (HAV) – 5.200
5.a: Sage Erickson (EUA) – 5.200
9.a: Bianca Buitendag (AFR) – 3.300
9.a: Nikki Van Dijk (AUS) – 3.300
9.a: Keely Andrew (AUS) – 3.300
9.a: Bronte Macaulay (AUS) – 3.300