Conheça os campeões do CIRCUITO ADAPTSURF 2016

Primeira etapa aconteceu neste final de semana no Leblon, Rio de Janeiro, e contou com a admiração de todos os presentes

Foi nas areias do Leblon que a história do ADAPTSURF, e mais precisamente do surf adaptado no Brasil como um todo, ganhou notoriedade e profissionalismo. Pelas mãos de Henrique Saraiva e todos os seus parceiros da ONG, o projeto saiu o papel e tomou corpo, transformando a vida de centenas de brasileiros que lutam diariamente por uma maior acessibilidade no país. Dentro d´água, com suas pranchas, na manhã deste domingo (9), Henrique e todos os envolvidos na primeira etapa do Circuito ADAPTSURF 2016, no Posto 11 do Leblon, mais uma vez deram um espetáculo à parte. Nem mesmo o tempo nublado apagou o brilho e a grandeza do evento.

O dia de competições começou com a final da categoria Surdos. Há mais de cinco anos ajudando a fomentar o surf na comunidade dos deficientes auditivos, André Menezes manteve seu protagonismo e venceu Fábio Quintela, Henrique Quintela e Armando Mesquita, respectivamente segundo, terceiro e quarto colocados.

Na sequência, foi a vez da categoria com mais competidores, a Assist, entrar na água. Nessa disputa, surfistas cadeirantes precisam de alguns assistentes, tanto para entrarem na onda quanto ao completá-la e reposicioná-los no outside. Além disso, os surfistas da Adapt trocam a cadeira de rodas por uma cadeira anfíbia, que os levam até a água.

Como não poderia ser diferente, Davi Teixeira, o Davizinho, foi a estrela da prova. Após uma disputa de semifinal acirradíssima contra a guerreira Isabela Alves, onde Davizinho arrancou dos juízes a maior nota isolada e o maior somatório dos dois dias de competição (9,67 e 17 pontos), o moleque prodígio foi para a final cheio de moral.

Na bateria decisiva, Davizinho travou uma batalha direta com Camila Fuchs, que há mais de seis anos surfa com o ADAPTSURF. No placar das melhores médias, melhor para Davi, que totalizou 16,17 pontos enquanto Camila parou nos 13,10. Eduardo Mayr mostrou bastante desenvoltura e, com prancha própria e especialmente adaptada, ficou em terceiro. Isabel Alves ficou em quarto lugar e completou o pódio.

Partindo para a categoria Stand, o catarinense Robson Gasperi fez valer a longa viagem do sul do país até o Rio de Janeiro e fez bonito, vencendo nas águas do Leblon. O surfista Miguel Longo também mostrou muita evolução e venceu o fundador da ONG ADAPTSURF, Henrique Saraiva. A atual campeã brasileira Fernanda Tolomei teve que enfrentar os meninos e, no final, acabou na quarta colocação.

“Estou muito emocionado com tudo que está acontecendo. A ADAPT começou aqui no Leblon, com ajuda do meu amigo Sifu, que me levava para surfar 10 anos atrás. Agora temos o apoio da cerveja Praya, que ele produz, e uma estrutura muito legal da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Aqui somos todos vencedores. O surf já chegou num patamar de bastante praticantes, que temos até essa competição para cororar os bons surfistas”, disse Henrique, orgulhoso do desfecho dessa etapa.

VOLUNTÁRIOS
Para quase todas as categorias, o surf adaptado precisa de voluntários que ajudem com cuidado aos surfistas, seja na hora de ir para a água, entrar no mar, ou surfar uma onda. Neste evento, o ADAPTSURF contou com ajuda do Betinho Dias, Alison, Guga, Vinicius e Alex. Pessoas que fizeram toda a diferença para a realização dessa competição.

Além deles, Luiz Phelipe, que é fisioterapeuta e faz parte do conselho da ONG, é o braço direito do ADAPTSURF e todo fim de semana coloca a mão na massa para proporcionar essa emoção aos novatos e os já praticantes do surf adaptado. Com todo seu carinho, orienta o voluntário, passando conforto para os praticantes.

“Assim como eu precisei do Marcos Sifu para voltar a surfar na época, o surf adaptado não é nada sem auxílio da galera voluntária, que ajuda a qualquer surf que a gente faz”, complementa Henrique Saraiva.

O CIRCUITO ADAPTSURF 2016 tem o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, apoio da Cerveja Praya e Geka. Realização ONG ADAPTSURF e homologado pela FESERJ.

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro inicia parceria com associações de surf para fomento da modalidade
A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro tem o papel, neste projeto de parceria com as associações de surf, de promover maior capacidade de infraestrutura nos eventos amadores, fortalecendo ainda mais as categorias de base do esporte.

SOBRE A ADAPTSURF
A ONG ADAPTSURF é uma entidade sem fins lucrativos, que promove a inclusão social das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, garantindo igualdade de oportunidades e acesso ao lazer, esporte e cultura, através do contato direto com a Natureza. Sua proposta é desenvolver e divulgar o surf adaptado para pessoas com deficiência, lutar pela preservação da Natureza e por melhorias na acessibilidade das praias. A ONG acredita que o surf pode ser uma excelente ferramenta nas questões sociais, culturais e ambientais por se tratar de um esporte saudável, democrático e de interação total com a Natureza. O surf adaptado tem se mostrado um excelente aliado na reabilitação de pessoas com algum tipo de deficiência, além de seus benefícios físicos e mentais, é capaz de proporcionar momentos de conquistas e desafios. A modalidade encontra-se em desenvolvimento, ainda sem muita divulgação, no entanto já possui adeptos no mundo todo.

SOBRE O PROJETO ACESSIBILIDADE DAS PRAIAS
Iniciado em 2007, o Projeto Acessibilidade das Praias tem como objetivo discutir, divulgar, promover e viabilizar a acessibilidade das praias. A ONG ADAPTSURF desenvolve estudos urbanísticos e ambientais sobre as condições dos acessos das praias e entorno, analisando principalmente o acesso à faixa de areia e ao mar pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Em 2008, o Projeto atingiu o seu principal objetivo que era conscientizar a população e, principalmente, os órgãos públicos sobre a importância da acessibilidade das praias para garantir o acesso ao lazer e ao esporte praticado pelas pessoas com deficiência no ambiente natural da praia.
Pioneira nas questões de acessibilidade das praias, a ADAPTSURF foi a primeira a oferecer gratuitamente atividades de esporte e lazer adaptados, utilizando a cadeira anfíbia e a esteira Mobi-Mat para promover o acesso. O modelo de Praia Acessível foi resultado de estudos realizados em praias do mundo todo, através dos exemplos positivos encontrados na Califórnia, Havaí, Austrália, Espanha e no projeto desenvolvido em Portugal, desde 2004, chamado de “Praia Acessível, Praia para Todos”. O Projeto repercutiu de forma positiva entre as entidades ligadas às pessoas com deficiência, gerando o interesse em formar parcerias para adaptar e estender o Projeto para outras regiões do Brasil. Recebemos o contato de pessoas da Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e São Paulo. Os hotéis da orla também demonstraram interesse em contratar os nossos serviços de consultoria em acessibilidade de praias.

URBA.NA.MENTE
Assessoria de Imprensa CIRCUITO ADAPTSURF 2016
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