Etapa sul-africana do WSL Tour começa nesta quarta-feira em J-Bay
Etapa sul-africana do WSL Tour começa nesta quarta-feira em J-Bay
O australiano Mick Fanning escapou ileso de um tubarão na final do ano passado e agora foi escalado para abrir a sexta etapa do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour em Jeffreys Bay |
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Depois do assustador incidente com um tubarão em plena final do J-Bay Open, Mick Fanning está de volta a África do Sul, especialmente para competir em Jeffreys Bay novamente. Após sair do mar emocionado por ter escapado sem arranhões da bateria, que foi cancelada e não definiu um campeão, o australiano está escalado para disputar a primeira deste ano. O catarinense Alejo Muniz é um dos adversários do tricampeão mundial para abrir a sexta das onze etapas do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour 2016, que começa nesta quarta-feira em Eastern Cape. Outros nove brasileiros também vão competir na África do Sul, com Gabriel Medina brigando pela ponta do ranking e Adriano de Souza e Italo Ferreira defendendo vagas no seleto grupo dos top-5 do Jeep WSL Leaderboard.
Medina vem de um brilhante bicampeonato nos tubos de Cloudbreak, batendo o número 1 do ranking, Matt Wilkinson, na grande final do Fiji Pro. Com isso, para tirar a lycra amarela do australiano nesta etapa, tanto o campeão mundial de 2015, como o havaiano John John Florence, necessitam unicamente da vitória no J-Bay Open. Além disso, Wilkinson não pode passar nenhuma bateria, ou seja, precisa perder na primeira fase e ser eliminado na segunda. Isso só aconteceu uma vez esse ano, no Oi Rio Pro apresentado por Corona no Rio de Janeiro. Os líderes do ranking se apresentam logo após a bateria que marcará o retorno de Mick Fanning a Jeffreys Bay. O potiguar Italo Ferreira vai disputar a segunda classificação direta para a terceira fase com o paulista Miguel Pupo e o australiano Ryan Callinan. Italo está em quarto lugar e dessa vez não tem chance matemática de brigar pela ponta, batalha que na África do Sul ficou restrita aos três primeiros colocados. Um deles é John John Florence, que está na terceira bateria com o também havaiano Keanu Asing e o norte-americano Kanoa Igarashi. Nas seguintes estreiam os últimos campeões mundiais da World Surf League. O atual, Adriano de Souza, que já venceu uma etapa do WSL Qualifying Series em Jeffreys Bay, entra na quarta com os australianos Josh Kerr e Kai Otton. E o vice-líder do ranking, Gabriel Medina, na quinta com o também paulista Alex Ribeiro e o havaiano Dusty Payne. Na sexta, é o lycra amarela de número 1 do Jeep WSL Leader, Matt Wilkinson, que compete junto com um compatriota, Davey Cathels, na bateria completada pelo convidado da África do Sul, Steven Sawyer. O Brasil volta ao mar no confronto seguinte, com Filipe Toledo enfrentando o australiano Matt Banting e o maior ídolo do esporte, Kelly Slater. Na sequência, o potiguar estreia na oitava bateria também contra dois surfistas de outros países, assim como os paulistas Wiggolly Dantas e Caio Ibelli na nona e décima, respectivamente. Ibelli foi o melhor estreante na elite do CT na primeira metade da temporada, estava entre os top-5 até a etapa passada, em Fiji, agora ocupa a oitava posição no ranking. Os adversários da sua primeira competição em Jeffreys Bay são os experientes Joel Parkinson, da Austrália, e Jeremy Flores, da França. CONTRA TUBARÕES – Depois do terrível incidente ocorrido no ano passado, com um tubarão se debatendo com Mick Fanning em plena bateria final, felizmente mordendo apenas a cordinha da prancha que é amarrada no tornozelo dos surfistas, a World Surf League tomou algumas providências importantes para aumentar a segurança dos atletas. No entanto, destaca que nunca houve ataques de tubarões na história da etapa sul-africana em Jeffreys Bay, mas que o esporte é disputado no habitat deles e em outras praias do circuito também é comum a presença da espécie, como Margaret River, na Austrália, por exemplo. O australiano já está na África do Sul desde a semana passada e levou outro susto durante uma sessão de treinos em Jeffreys Bay, mas nada de tubarões, foi uma torção no tornozelo que ele garante que não vai lhe tirar do campeonato. “Obviamente fiquei preocupado se eu poderia surfar, mas depois de consultar o fisioterapeuta, os sinais começaram a ficar positivos e com o tempo para a reabilitação e algumas faixas, acho que vai dar. Eu espero conseguir remar e competir. J-Bay é um lugar muito especial para mim, então vou fazer tudo o que puder para participar do campeonato”. A principal novidade da World Surf League para garantir maior segurança para os atletas, é a Clever Buoy na área da competição, uma boia com um sonar que detecta a presença de tubarões e passa o alerta até via aplicativo em telefones celulares. Além disso, também foi providenciado um avião de pequeno porte, especialmente para patrulhar toda a região de Jeffreys Bay próxima do campeonato. E também terão mais barcos no mar e um piloto de jet ski para cada atleta. “Ninguém entra remando. E se o mar estiver pequeno, o atleta será escoltado até o outside (local onde entram as ondas). Cada um terá seu piloto particular”, garante Renato Hickel, Deputy Commissioner da World Surf League e gerente do circuito Championship Tour, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. “A WSL está engajada na busca por tecnologias que estão aparecendo no mercado para diminuir o potencial de ataques de tubarões. Mas, não existe nenhuma ainda que seja 100% eficiente. Os oceanos são dinâmicos, é um campo de ação perigoso, e tubarões fazem parte desse ecossistema. E os surfistas, mais do que ninguém, sabem que eles competem num habitat de vida marinha. Eu já vi tubarão passando, como vi foca, baleia, e, em seis décadas, o único caso registrado em J-Bay foi o do Mick Fanning”. O J-Bay Open será transmitido ao vivo da África do Sul pelo www.worldsurfleague.com. A primeira chamada da quarta-feira foi marcada para as 7h00 em Eastern Cape, 12h00 do mesmo dia pelo fuso horário de Brasília. SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL), antes denominada Association of Surfing Professionals (ASP), tem como objetivo celebrar o melhor surf do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão. A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, promovendo os eventos que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Samsung Galaxy Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis. Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelowww.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL já possui uma enorme legião de fãs apaixonados em todo o planeta que acompanha as performances dos melhores surfistas do mundo, como Gabriel Medina, John John Florence, Adriano de Souza, Kelly Slater, Stephanie Gilmore, Greg Long, Makua Rothman, Carissa Moore, entre outros, competindo no mais imprevisível e dinâmico campo de jogo entre todos os esportes no mundo, que é o mar. Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com —————————— PRIMEIRA FASE DO J-BAY OPEN NA ÁFRICA DO SUL: TOP-22 DO JEEP WSL RANKING – após a quinta etapa nas Ilhas Fiji: |