Fiji Pro só deve começar no fim de semana na ilha de Tavarua

Brasileiros são o destaque nesta etapa com o campeão mundial Gabriel Medina defendendo o título em Fiji e Adriano de Souza e Filipe Toledo liderando o Jeep Leaderboard

O prazo do Fiji Pro começou no domingo, mas o início do quinto desafio do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour vem sendo adiado para aguardar a entrada de um novo swell na ilha de Tavarua. Pelas previsões, ele só deve chegar no próximo fim de semana, porém a rotina diária continua com a comissão técnica se reunindo para analisar as condições do mar e anunciar a decisão na primeira chamada do dia, as 7h00 da terça-feira nas Illhas Fiji, 16h00 da segunda-feira pelo fuso horário de Brasília. Esta etapa acontece com o Brasil vivendo o seu melhor momento na história do esporte das ondas, com Adriano de Souza e Filipe Toledo liderando a corrida do título e o campeão mundial Gabriel Medina defendendo o título do Fiji Pro conquistado nos tubos de Cloudbreak no ano passado.

Com a segunda vitória do ano conquistada no Oi Rio Pro na superlotada Barra da Tijuca, Filipe Toledo agora briga fase a fase pela lycra amarela do Jeep Leaderboard, que Adriano de Souza tirou do australiano Mick Fanning com o título no Drug Aware Pro Margaret River na Austrália. Depois do inédito título mundial de Gabriel Medina no ano passado, os brasileiros continuam dominando o cenário, decidindo as quatro primeiras etapas da World Surf League em 2015. Filipe ganhou o Quiksilver Pro Gold Coast, Adriano só perdeu no desempate a final do Rip Curl Pro Bells Beach para Fanning, mas na sequência venceu a última prova da perna australiana nas grandes ondas de Margaret River.

Outros também se destacaram neste ótimo início de temporada da “seleção brasileira”, que já começou com três disputando as semifinais na Gold Coast. O australiano Julian Wilson acabou impedindo uma inédita final verde-amarela no Quiksilver Pro ao derrotar Miguel Pupo na primeira semifinal e Filipe Toledo ganhou a outra vaga no duelo brasileiro com Adriano de Souza. Até as novidades do Brasil na elite dos top-34 estrearam bem nas direitas de Snapper Rocks, com Wiggolly Dantas ficando em quinto lugar nas quartas de final e Italo Ferreira em nono na fase anterior.

O campeão mundial Gabriel Medina defendia o título do Quiksilver Pro Gold Coast, mas perdeu a lycra amarela de número 1 do ranking com a derrota prematura para o irlandês Glenn Hall na terceira fase. Em Bells Beach ele reagiu e despachou Kelly Slater na briga por vaga para as quartas de final, quando foi barrado por Adriano de Souza em mais uma bateria verde-amarela na Austrália. Filipe Toledo também ficou em quinto lugar nesta fase, sendo batido pelo norte-americano Nat Young. A sua liderança no ranking foi decidida na grande final do Rip Curl Pro Bells Beach, que terminou empatada. A definição ficou para a maior nota e Mick Fanning acabou levando a melhor sobre Adriano de Souza.

Nas grandes ondas de “power” havaiano de Margaret River, só Mineirinho passou pela terceira fase e carregou a bandeira brasileira até o alto do pódio do Drug Aware Pro. Mick Fanning também ficou na terceira fase e Adriano garantiu a ponta do ranking quando passou por Kelly Slater nas quartas de final. Depois, ele ganhou uma disputa bem mais acirrada contra o local de M-River, Taj Burrow, seguindo confiante para bater a fera havaiana John John Florence na decisão do título do último desafio da “perna australiana”.

OI RIO PRO – No Brasil, foi a vez de Adriano de Souza ser surpreendido na terceira fase pelo neozelandês Ricardo Christie, no entanto a lycra amarela do Jeep Leaderboard foi mantida quando Mick Fanning perdeu o duelo australiano para Owen Wright na quinta fase. Nas ondas do Postinho da Barra da Tijuca, quem brilhou foi Filipe Toledo com seus aéreos nota 10, como o que acertou em sua primeira onda na final contra o australiano Bede Durbidge. Os brasileiros acabaram se enfrentando nas fases decisivas. Italo Ferreira ganhou o duelo potiguar com Jadson André nas quartas de final e depois foi batido por Filipe Toledo em sua primeira semifinal na divisão de elite da World Surf League.

Com o terceiro lugar no Rio de Janeiro, Italo Ferreira passou a ser o terceiro brasileiro mais bem colocado no ranking, abaixo apenas dos líderes Adriano de Souza e Filipe Toledo, mas à frente de campeões mundiais como Gabriel Medina, Kelly Slater, Joel Parkinson e C. J. Hobgood, que ainda não conseguiu vencer nenhuma bateria nas quatro etapas da temporada. Ialo divide o 11.o lugar com o australiano Matt Wilkinson, depois tem Jadson André em 14.o, Miguel Pupo em 17.o, Gabriel Medina em 19.o e Wiggolly Dantas na 22.a e última posição no grupo dos top-22 que serão mantidos na elite dos top-34 para o ano que vem.

BRASILEIROS NO FIJI PRO – Dos sete integrantes da “seleção brasileira”, Wiggolly Dantas será o primeiro a competir no Fiji Pro, na terceira bateria contra os australianos Josh Kerr e Jay Davies. O vice-líder Filipe Toledo estreia na disputa seguinte, contra o australiano Adrian Buchan e o convidado desta etapa, o norte-americano Dane Reynolds. Depois tem Adriano de Souza com a lycra amarela do Jeep Leaderboard contra o australiano Kai Otton e o fijiano Inia Nakalevu na sexta bateria. E na sétima, Gabriel Medina faz a sua primeira defesa do título do Fiji Pro contra o francês Jeremy Flores e o norte-americano C. J. Hobgood. Os outros três brasileiros da elite vão disputar as últimas vagas diretas para a terceira fase.

Miguel Pupo foi escalado na nona bateria com o norte-americano Nat Young, vice-campeão na final contra Gabriel Medina em Fiji no ano passado, e o irlandês Glenn Hall. Jadson André entra na seguinte com os australianos Julian Wilson e Adam Melling. E Italo Ferreira na última com o campeão mundial Joel Parkinson e o havaiano Fredrick Patacchia. Além de fechar a primeira fase, o Brasil também vai abrir o Fiji Pro com Alejo Muniz enfrentando os norte-americanos Kelly Slater e Kolohe Andino na primeira bateria. O catarinense é um dos substitutos dos quatro ausentes nesta etapa por contusões, o havaiano John John Florence, o sul-africano Jordy Smith, o taitiano Michel Bourez e o norte-americano Brett Simpson.

O Fiji Pro será transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e também pela Fox Sports para a Austrália, pela MCS Extreme para a França, EDGE Sports para a China, Coréia do Sul, Malásia e outros territórios e no Brasil terá cobertura especial da TV Globo e dos canais ESPN.

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João Carvalho – Assessoria de Imprensa da WSL South America – jcarvalho@worldsurfleague.com
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PRIMEIRA FASE DO FIJI PRO – Vitória=Terceira Fase / 2.o e 3.o=Segunda Fase:
1.a: Kelly Slater (EUA), Kolohe Andino (EUA), Alejo Muniz (BRA)
2.a: Taj Burrow (AUS), Matt Banting (AUS), Aritz Aranburu (ESP)
3.a: Josh Kerr (AUS), Wiggolly Dantas (BRA), Jay Davies (AUS)
4.a: Filipe Toledo (BRA), Adrian Buchan (AUS), Dane Reynolds (EUA)
5.a: Mick Fanning (AUS), Ricardo Christie (NZL), Aca Ravulo (FJI)
6.a: Adriano de Souza (BRA), Kai Otton (AUS), Inia Nakalevu (FJI)
7.a: Gabriel Medina (BRA), Jeremy Flores (FRA), C. J. Hobgood (EUA)
8.a: Owen Wright (AUS), Sebastian Zietz (HAV), Dusty Payne (HAV)
9.a: Nat Young (EUA), Miguel Pupo (BRA), Glenn Hall (IRL)
10: Julian Wilson (AUS), Jadson André (BRA), Adam Melling (AUS)
11: Bede Durbidge (AUS), Matt Wilkinson (AUS), Keanu Asing (HAV)
12: Joel Parkinson (AUS), Italo Ferreira (BRA), Fredrick Patacchia (HAV)