Ricardo Bocão é o melhor Grand Legend do Prainha Master 2016

Competição foi marcada pelo grande clima de confraternização no Rio de Janeiro. Flávio Costa faz melhor média das finais

Já é tradição o Rio de Janeiro receber os melhores Masters do país para as disputas do campeonato que celebra os grandes nomes do surfe que escreveram a história da modalidade no Brasil. Neste final de semana a Prainha recebeu a terceira etapa do Prainha Master 2016. O domingo (23) foi de decisão nas ondas de um metro de altura e quem se destacou desta vez foi Flávio Costa, maior média das finais na categoria Pro Master – 16,85 pontos dos 20 possíveis – e Ricardo Bocão, o melhor Grand Legend da vez.

O encontro foi marcado pela atmosfera de confraternização na faixa de areia mais surfe do Rio de Janeiro. As finais começaram com a categoria Grand Kahuna, por volta de 11h da manhã. Com notas 6,50 e 5,90, Beto Cavallero bateu todos os adversários para ficar com o maior caneco. Marco Brandão ficou na cola dele, na segunda posição, com Marcelo Boscoli encerrando sua participação em terceiro e Rodolfo Lima em quarto lugar.

Logo depois, foi a vez da Legends entrar na água. Após conseguir uma nota 5,50 Ronaldo Moreno achou a segunda nota que fez diferença no somatório final e ficou com o título nas ondas da Prainha. Antonio Nenem não conseguiu trocar o 2,50 para somar com sua nota 5 pontos e acabou na segunda posição. Ze Alla e Lula Menezes terminaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente.

Guilherme Gralha e Sergio Marchetti foram os grandes nomes das categorias Kahuna e Grand Master, nessa ordem, terminando ambos na primeira posição. Sergio Marchetti achou duas ondas muito boas e, com 14 pontos no somatório final, terminou sua participação no lugar mais alto do pódio.

Na bateria mais celebrada e badalada da competição, a Grand Legends, Ricardo Bocão foi o grande campeão. Nesse embate, para surfistas com 60 anos ou mais, Bocão despachou companheiros que dividem o outside por muito tempo e têm muita história para contar. Ronaldo Moreno ficou no calcanhar de Bocão, garantindo a segunda posição, enquanto Daniel Friedman e Otavio Pacheco encerraram em terceiro e quarto, respectivamente.

Para encerrar, Marcelo Freitas despachou todos os adversários na Master e levantou o caneco da terceira etapa do Prainha Master 2016.

Confira abaixo todos os resultados.

Grand Legends
1. Ricardo Bocão
2. Ronaldo Moreno
3. Cabeça do Recreio
4. Daniel Friedman
5. Otavio Pacheco

Grand Kahuna
1. Beto Cavallero
2. Marco Brandão
3. Marcelo Boscoli
4. Rodolfo Lima

Legends
1. Ronaldo Moreno
2. Antonio Nenem
3. Ze Alla
4. Lula Menezes

Kahuna
1. Guilherme Gralha
2. João Paulo Veiga
3. Raphael Neto
4. Joelson Tinguinha

Grand Master
1. Sergio Marchetti
2. Gulherme Penteado
3. Fabio Lopes
4. Eduardo Dado

Master
1. Marcelo Freitas
2. Duda Gonçalves
3. Rafael Noel
4. Carlos Matias

Pro Master
1. Flavio Costa
2. Angelino Santos
3. Alexandre Dadazinho
4. Luiz Menezes

O Circuito Prainha Master 2016 tem o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Lojas WQSurf, Sandálias Kenner, AMBEV, Wetworks pranchas de surf. Realização Associação dos Surfistas e Amigos da Prainha (ASAP) e homologado pela FESERJ – Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro. O Circuito também conta com o apoio da Savior Atendimentos Médicos, Aliança Corretora de Seguros, Art in Surf, Artesanal Produtos Naturais, Restaurante Gugut, Restaurante Los Frick, Óticas Carneiro, Parafinas Fu-Wax, Dr. Web, Quiosques Sould Prainha Rio e Brother, Blocos Teccel, Quilhas Future, Pranchas Island Mana, Macarra Shapes, Estrella Surfboards, Amigo Surfboards, e Sergio Filho Surfboards.

Sobre a ASAP – Associação dos Surfistas e Amigos da Prainha
Tudo começou em 1989, com a negociação de uma moto. Quando o primeiro presidente da ASAP, Carlos Eduardo Cardoso, o “Grande”, foi negociar a venda do veículo no escritório da construtora Santa Isabel, ele se deparou com a maquete de um condomínio de prédios que estava para ser construído no lugar onde hoje é o Parque Municipal da Prainha.
Correndo contra a destruição do “santuário dos surfistas” do Rio de Janeiro, em 1990 foi promulgado o projeto do então vereador Alfredo Sirkis, que deu origem à Lei nº 1.534/90, transformando a Prainha em Área de Proteção Ambiental.
Em 1992, o mesmo grupo de surfistas frequentadores da Prainha que protestou contra a construção do condomínio, se reuniu e fundou a Associação de Surfistas e Amigos da Prainha (ASAP), com o “Grande” firmado como o primeiro Presidente do grupo.
Finalmente, em 2001, apos anos de luta, a ASAP alcançou um de seus principais objetivos com a criação do Parque Natural Municipal da Prainha, demarcado como uma unidade de conservação (UC).
Apesar de protegida, a Prainha ainda sofre com problemas de desova de carros, festas noturnas, entrada irregular de materiais de construção, furtos na área dos quiosques, etc, Por isso, atualmente a luta da ASAP é pela instalação de dois portais em locais estratégicos, para proteger e controlar os acessos a Prainha.

URBA.NA.MENTE
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